As mudanças sociais e as inovações tecnológicas estão criando um novo padrão cultural onde o livro não ocupa mais o lugar privilegiado como meio de distração e de resposta aos anseios e problemas pessoais. Ele (livro) sofre a concorrência da televisão, do cinema, e, mais recentemente da internet.
Sentindo a força dessa concorrência e temendo prejuízos no domínio educacional a Sala de Leitura da Escola Municipal Professora Lisete Pimentel Mármore, realizou nos anos de 2009 e 2010 vários projetos pedagógicos de incentivo a leitura. “ Entre outros projetos pode-se citar, “O mundo Mágico de Lobato”,” Mundo Encantado da Leitura”, “ Dengue, como combater “, “O Menestrel”.
Esses projetos foram efetivados com a colaboração da direção, professores, coordenação e funcionários. A participação direta e indireta dos alunos foi fundamental para alcançar o objetivo: “Desenvolver o gosto pela leitura”.
Assim, os educandos dos ciclos I, II, III, IV participaram e assistiram dramatizações, declamações de poesias, poemas, vídeos, contações de histórias, contação de casos, leitura de livros diversos, coral, entre outras atividades.
No decorrer dos dois anos ( 2009 – 2010) a realidade da Escola Lisete Mármore melhorou consideravelmente com relação à leitura, grande parte dos alunos procuram para fazer a carteira de leitor, locaram livros de diversos assuntos. O número de leitores dobrou no decorrer dos anos. Muitos alunos considerados tímidos queriam apresentar ou dramatizar história contada ou lida pela Sala de Leitura.
Reconhecendo-se que a leitura, tal como eu a entendo, é importante numa sociedade como a nossa, na medida em que contribui para forma cidadãos consciente do seu país e que também representa um poderoso instrumento de mudança social, é inadmissível e de extrema irresponsabilidade a atitude da Secretaria Municipal, na pessoa do senhor secretário Coriolano Neto com relação à importância do trabalho desenvolvido pela Sala de Leitura.
Desde o ano passado, a Secretaria vem baixando portarias que dizem respeito a professores que atuam na sala de leitura. A última foi se optássemos em continuar nesta sala perderíamos o incentivo de regência de classe e atividades complementares.
Diante do exposto surgem vários questionamentos. Será que o trabalho feito por estes professores não contribui para a formação de leitores conscientes? Porque o trabalho realizado pela Sala de Leitura não é considerado suporte pedagógico? Já que se trabalha diretamente com todas as modalidades de ensino?
Creio que o melhor que podemos fazer, no momento, é mais uma vez denunciar o abuso da Secretaria Municipal de Educação com estes profissionais.
Texto escrito pela Professora Sueli Lopes.